O implante dental é uma das intervenções realizadas para trazer mais saúde aos pacientes e, ainda, auxiliar na sua autoestima. Por isso mesmo, ele pode fazer parte da harmonização facial ao restabelecer o sorriso, deixando-o com um aspecto natural.
No entanto, como o procedimento é mais invasivo, os pacientes costumam ter dúvidas sobre as etapas do tratamento e os cuidados necessários.
Para explicar tudo sobre esse tratamento, contei com o apoio do Dr. Alex Fabiano da Silva Pimenta, meu marido e especialista em implantodontia. Confira o resultado dessa entrevista!
O que é o implante dental?
Os implantes dentários são pinos, parecidos com um parafuso, fabricados em titânio — um material osseointegrável bastante aceito pelo organismo. Eles são usados para a reabilitação oral na perda de um ou mais dentes e na agenesia (quando o paciente nasce sem algum dente). Assim, ao serem fixados na maxila ou na mandíbula, servem como apoio às próteses dentárias.
Por serem fixos, eles proporcionam maior segurança ao morder, sorrir e realizar demais atividades do dia a dia. Além disso, o tratamento também oferece outros benefícios para os pacientes, como prevenção do desgaste ósseo e melhoras na comunicação, na mastigação e na autoestima.
Quais são as etapas do tratamento?
O tratamento dependerá das condições de cada paciente. Se não houver uma boa condição óssea, o tratamento deve ser iniciado com um enxerto ósseo — um preenchimento feito com osso do próprio paciente ou um material artificial. Após esse procedimento, é preciso esperar alguns meses, de 6 a 19 meses, para que o osso seja formado na região do enxerto.
Depois, começam as fases de instalação dos implantes propriamente ditos. Veja as etapas explicadas pelo Dr. Alex!
Primeira fase: instalação dos implantes
Nessa fase, substitui-se a raiz do dente e o osso perdido. Primeiro, é realizado um pequeno corte na gengiva, onde será colocado o futuro implante. O osso é exposto e perfurado na medida do pino do implante escolhido, que é instalado, e a gengiva, suturada.
É preciso um período de cicatrização que varia entre 3 a 6 meses, conforme cada caso, para que ocorra a união entre implante e osso. Durante esse prazo, os pacientes que já utilizam próteses deverão ajustá-las para que não interfiram no processo de cicatrização.
Segunda fase: instalação do cicatrizador
A próxima etapa é instalar os cicatrizadores no implante, fazendo com que ele fique exposto, e a gengiva cicatrize ao redor dos dispositivos. Para isso, é realizado um corte na mesma região operada para expor o implante, depois o cicatrizador é rosqueado, e a gengiva, novamente suturada.
É preciso aguardar um período de 7 a 30 dias para que a gengiva se recupere e se estabeleça ao redor dos cicatrizadores. É possível utilizar as próteses antigas como implantes nas mesmas condições da fase anterior.
Terceira fase: instalação do pilar protético
Por último, o cicatrizador é retirado para fazer o molde do pilar protético no local, que serve para sustentação da prótese. Finalmente, poderão ser instaladas as próteses provisórias e as definitivas, de acordo com cada caso, podendo exigir mais de uma sessão para concluir o procedimento.
Quanto tempo dura o tratamento?
Como tudo dependerá das características do paciente e da resposta do seu organismo ao tratamento, a duração varia bastante. Em alguns casos, o paciente precisa passar pela extração de dentes antes de iniciar tratamento de implante dental.
Em outras situações, pode ser necessário passar por um tratamento ortodôntico para corrigir o posicionamento dos dentes e permitir a inclusão do implante. Também existem casos mais simples, em que não é preciso fazer o enxerto, e é possível iniciar com a instalação do implante.
Porém, ao consultar um especialista em implantodontia, ele conseguirá avaliar o caso e passar uma previsão de tratamento, além de explicar quais fatores podem interferir no tempo até a conclusão do implante.
Quais são os cuidados pré-operatórios?
Antes da cirurgia, é preciso passar por uma avaliação completa feita pelo profissional para que ele identifique se existe algum problema impedindo a realização da cirurgia ou a necessidade de adotar cuidados adicionais. Alguns casos de contraindicações são:
- doenças crônicas que não estejam em tratamento (como hipertensão, diabetes, doenças imunodepressoras, lúpus, câncer);
- pacientes fumantes.
O Dr. Alex pontua que, se as doenças estiverem controladas, de modo geral, é possível realizar o procedimento. No entanto, o dentista analisará cada caso individualmente e pode solicitar alguns exames complementares para proporcionar mais segurança ao indicar ou não o tratamento.
Quais são os cuidados pós-operatórios?
Após as etapas cirúrgicas dos implantes, o paciente deve adotar alguns cuidados importantes para garantir uma boa recuperação e não prejudicar os resultados do procedimento. Veja os principais:
- não ingerir alimentos quentes;
- não usar próteses que não tenham sido ajustadas sobre a área operada;
- não fazer bochecho;
- não pegar sol;
- não fazer esforço físico;
- cuidar ao mastigar no local onde foi feita a cirurgia;
- tomar os remédios indicados pelo dentista;
- remover os pontos após 7 ou 10 dias.
O dentista indicará todas as instruções necessárias para a higienização bucal após o procedimento e, se o paciente utilizar próteses, elas deverão ser ajustadas para não tocar na região operada.
Além disso, nas primeiras 48 horas após a cirurgia, o ideal é que o paciente mantenha uma dieta líquida com o objetivo de não forçar a região e não consumir bebidas alcoólicas. Durante a recuperação, também é fundamental não fumar até a completa cicatrização do implante — essa é uma boa oportunidade para quem deseja abandonar o vício.
Pronto! Agora você já sabe como funciona o implante dental e quais benefícios ele proporciona. Se tiver dúvidas sobre a indicação do tratamento, duração ou custos, consulte um profissional especializado para avaliar o seu caso.
Caso ainda tenha perguntas, envie uma mensagem para o Dr. Alex pelo Facebook da clínica de Londrina ou de Toledo. Você também pode conversar comigo pelas redes sociais!