Bioestimuladores de colágeno: entenda como eles funcionam!

Você já ouviu falar sobre os bioestimuladores de colágeno? Esse é um procedimento queridinho entre as opções de harmonização facial, porque oferece ótimos resultados por meio de um método pouco invasivo.

Para explicar melhor como eles funcionam, preparei este post em parceria com a dra. Renata Saadi, que também é minha parceira no Instituto de Estética e Harmonização Facial (IEHF). Confira!

Qual é a importância do colágeno para a pele?

Antes de mais nada, você sabe exatamente o que é o colágeno? Ele é uma proteína abundante em nosso corpo, representando até 30% de todas as proteínas. Além da pele, ele está presente em cartilagens, músculos, ossos, vasos sanguíneos e tendões.

Sua principal função na pele é dar sustentação. Para isso, ele se organiza em feixes ou fibras na camada intermediária, chamada de derme, que fica entre a epiderme e a hipoderme.

Dessa maneira, ele mantém a resistência, o tônus e a firmeza, deixando a pele bonita e viçosa. Neste momento, você pode estar se perguntando: se eu já tenho colágeno naturalmente em meu corpo, por que preciso de um bioestimulador?

A verdade é que a produção a todo vapor dessa proteína pelo organismo se dá até os 25 anos, aproximadamente. A partir daí, há uma redução na síntese de colágeno, sendo que há estimativas que depois dos 30 anos o corpo perde em torno de 1% ao ano e após os 50 anos a produção é de 35% a 40% do total.

Grande parte da razão disso é a diminuição da produção dos hormônios sexuais, que também reduz a síntese das células que produzem o colágeno. É por esse, entre outros fatores, que a pele não apresenta o mesmo viço e tonicidade da adolescência, com o passar dos anos.

Vale dizer que o estilo de vida também influencia, e muito, na redução do colágeno na pele. Por isso é que algumas pessoas têm uma aparência mais envelhecida do que a outra na mesma idade. 

Tabagismo e exposição excessiva ao sol sem proteção estão em primeiro lugar no ranking de agressão à pele. Depois, podemos colocar a má alimentação, o sedentarismo e a falta de hidratação adequada como outros vilões da pele.

Como funcionam os bioestimuladores de colágeno?

Os bioestimuladores disponíveis no mercado apresentam o mesmo mecanismo de ação: ao serem injetados, imediatamente dão início a uma resposta inflamatória tecidual subclínica. Essa resposta é seguida por encapsulamento e por fibroplasia. É essa fibroplasia que fornecerá o resultado desejado.

Para a dra. Renata, a grande vantagem dos bioestimuladores é fazer, de uma maneira natural, o estímulo da produção do colágeno. O profissional não injetará colágeno, mas uma substância que estimulará o seu organismo a fazer isso. Como consequência, a eficiência do tratamento tem relação com a resposta do seu organismo.

Por exemplo, quando a gente fala de ácido polilático como bioestimulador, somente uma aplicação não dá resultado, porque parte do produto que é colocado acaba se perdendo, tendo em vista que ele será dissolvido pelo organismo. Assim, é preciso fazer reaplicações de acordo com a frequência e o prazo indicados pelo profissional.

A produção de colágeno se inicia depois de, em média, 21 dias. Considerando que a ação dos produtos acontece em organismos vivos, que contam com diferentes respostas, esse período pode ter alterações. Por causa disso, é preciso aguardar a resposta do paciente à aplicação anterior para fazer a segunda, enquanto o produto ainda está no pico de atividade.

Qual a composição dos bioestimuladores?

Hoje, no mercado, temos uma gama muito grande de bioestimuladores ofertados. São eles:

  • o ácido poliláctico, conhecido como Sculptra;
  • a hidroxiapatita de cálcio, ou Radiesse, importada da Suiça;
  • a policaprolactona ou Ellansé, desenvolvida pela Sinclair Pharma.  

Cada um conta com características específicas, que são avaliadas pelo profissional a fim de identificar as melhores soluções para os pacientes.

Diferença entre os produtos

O principal é o Sculptra, que, inclusive, é o carro-chefe do consultório da dra. Renata. Ele não traz mudanças significativas como o preenchedor, mas altera e melhora a textura e o aspecto da pele. No entanto, o aumento do colágeno pode resultar em algumas alterações no preenchimento da face.em volume inferior às proporcionadas pelos produtos usados especificamente para esse fim.

O Radiesse já é mais semelhante a um gel ou a uma pasta, porque não é tão líquido. Os efeitos são um pouco diferentes do Sculptra: pode funcionar como preenchedor se não for diluído, também estimulando a produção de colágeno — nesse caso, uma produção não tão grande, porque ele não será reaplicado devido ao aumento do volume gerado na pele. Contudo, como não há reaplicação, o estímulo será menor.

O produto também pode ser diluído para que sua função seja exclusivamente bioestimuladora, situação em que serão feitas reaplicações conforme indicação profissional. O objetivo é garantir uma boa produção do colágeno.

Já o Ellansé é um produto relativamente novo no Brasil. Ele tem uma função preenchedora e bioestimuladora e é vendido em opções com efeito entre 1 e 4 anos. A aplicação é única por alterar o volume da região, e é mais indicado para pessoas mais idosas.

Em quais locais eles podem ser aplicados?

Os bioestimuladores de colágeno podem ser aplicados em várias regiões do corpo e do rosto, especialmente as áreas que sofrem mais com a perda de gordura e a flacidez. Com o passar do tempo, elas tendem a perder a definição do contorno.

Como a atuação dos cirurgiões-dentistas na harmonização facial permite o tratamento no rosto e pescoço, entenda quais locais os bioestimuladores podem ser aplicados por nós, dentistas especializados:

Como é feita a aplicação dos bioestimuladores?

A aplicação dos bioestimuladores é bem semelhante à do ácido hialurônico, por exemplo. Por meio de injeções com agulhas bem fininhas, o profissional injeta a substância nos pontos ideais. 

Aqui, a dra. Renata é enfática ao afirmar que é importante que o produto não seja aplicado em grande quantidade, injetando todo o necessário para uma correção imediata em apenas uma consulta.

Isso porque esses produtos apresentam efeitos de maneira gradual e progressiva. Então, são indicados para pacientes que têm a paciência de aguardar todas as sessões para completar o tratamento. 

Em relação à dor, pode se tranquilizar, pois não há grandes incômodos. Em pessoas mais sensíveis, pode ser utilizada uma pomada anestésica. Mas em geral, não é necessário. Cada sessão dura em torno de 45 a 60 minutos, dependendo do local e da extensão da área de aplicação.

O número de sessões depende da idade, do sexo e das condições físicas e metabólicas associadas, como tabagismo, exposição solar, patologias e outras características do paciente — tudo isso será avaliado pelo profissional antes de iniciar as aplicações. 

A duração dos efeitos depende do produto utilizado. Hoje, o mercado oferece produtos com duração de 12 a 48 meses, mas isso também varia de acordo com o organismo do paciente.

Em geral, são realizadas três aplicações (30, 60 e 90 dias) do bioestimulador na dose inicial. Depois de um ano, é preciso fazer apenas uma aplicação de manutenção; no ano seguinte, são necessárias três aplicações, e assim sucessivamente.

Quando esse tratamento é indicado para o paciente?

O tratamento com bioestimuladores de colágeno é indicado para aumento da espessura dérmica e a suavização das rugas, sulcos, atrofias e cicatrizes deprimidas. A aplicação geralmente é recomendada entre os 35 e 65 anos, mas varia de acordo com as características e as expectativas do paciente.

O mais importante é sempre contar com um profissional especializado e ético para que você receba todas as informações necessárias antes de optar pelo tratamento. Além disso, é fundamental que você avalie a confiança da clínica: infelizmente, existem profissionais que não utilizam toda a ampola para oferecer preços mais atrativos, mas isso compromete os efeitos do bioestimulador.

A dra. Renata explica que, ao estudar o produto nos Estados Unidos, teve acesso a pesquisas que demonstram que, após a diluição, as primeiras seringas obtidas na ampola têm maior concentração do que as últimas. 

Ou seja, ela tem que ser completamente utilizada para que os efeitos atinjam os resultados esperados. Por exemplo, se o paciente receber apenas as últimas seringas de uma ampola, a concentração será muito baixa, prejudicando o estímulo de colágeno.

Outro ponto de atenção são informações de que essa aplicação exige o uso de laser e outros equipamentos. A união de tratamentos pode ser feita, mas essa não é uma exigência para que os bioestimuladores tenham efeito. 

Em caso de dúvidas, consulte outros profissionais e só faça os procedimentos quando você realmente sentir segurança em relação às informações recebidas.

Quais são os cuidados no pós?

Como todo procedimento, existem alguns cuidados necessários para garantir o resultado. A seguir, confira os principais:

  • pode-se voltar às atividades habituais logo após a aplicação. Entretanto, recomendamos não fazer atividades físicas pelas próximas 24 horas por conta da área que fica inchada e dolorida;
  • não se expor ao sol até que a vermelhidão, o inchaço e os hematomas sumam;
  • aplicar compressa fria na área durante o primeiro dia.

Esperamos que este conteúdo tenha esclarecido as suas dúvidas sobre os bioestimuladores de colágeno, os seus benefícios e os cuidados que devem ser observados na aplicação.

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